Um jogo por mês em 2022 (primeiro semestre)

Os destaques da primeira metade do ano, de acordo com o maior leigo do Brasil.

gabriel serra
8 min readAug 23, 2022

Bom, como você talvez já saiba, eu tenho um canal no YouTube e estou fazendo um vídeo com os melhores jogos de 2021 nele. Está demorando um pouquinho. Provavelmente vou soltar no fim do ano pra enganar as pessoas à acharem que é um vídeo de melhores de 2022.

Esse ano, no entanto, eu resolvi fazer uma planilha, contendo todos os jogos que eu joguei, quando joguei, quem fez, quando lançou e se gostei. Vai render ótimos gráficos no fim do ano, ceis não perdem por esperar, mas enquanto isso não chega…

Um jogo por mês

Vou dar um resuminho de cada mês aqui, com os jogos que joguei e o meu favorito. Não vou fazer distinção entre jogos novos e velhos, deixarei isso pro eventual vídeo de melhores de 2022, então jogos velhos podem ganhar!

Janeiro

Esse mês eu joguei bastante jogos de luta baseados em animes. A ideia era fazer um vídeo sobre como esse gênero evoluiu através dos tão rechaçados jogos licenciados, mas acabou que a ideia era grande demais pra fazer por enquanto. A série Naruto Ultimate Ninja Storm deu continuidade à filosofia de Asura’s Wrath, espetáculo acima de interatividade complexa. Eu gosto.

“Aperte B para desmembrar Lúcifer!”

Também joguei e adorei Windjammers 2, que só fiquei sabendo por que praticamente todo mundo tava comentando sobre no Twitter exclusivamente por 15 minutos depois que lançou no Gamepass. Mas durante esses 15 minutos, todo mundo se divertiu bastante com o multiplayer. A campanha singleplayer é legal também. Joguinho arcade bem clássico feito com comodidades modernas levadas em consideração… hmmmmmmm

Mais crispy que um franguinho frito.

Mas não tem muito o que dizer, porque janeiro foi o mês em que saiu Pokémon Legends Arceus e foi simplesmente tudo que eu queria que Pokémon fosse.

Em Legends Arceus, os Pokémon estão andando por aí, no ambiente e não é só pra Galarês ver não, você pode interagir com eles de diversas formas, jogando frutinha, se escondendo, iniciando batalha… Uma versão de Pokémon que sinceramente poderia ter sido feita no Gamecube, mas fico feliz que chegou agora.

Não me entendam errado, eu amei o jogo e é a minha escolha pra janeiro, mas não tem como afastar a sensação de que ele chegou atrasado, principalmente depois de uma geração desperdiçada no 3DS e duas bombas decepcionantes em Sword/Shield e Brilliant Diamond/Shining Pearl 💣.

Animation is my passion!

O problema era que Pokémon, como muitas outras coisas na vida, precisava de uma revolução e por muito tempo só recebeu reformas incrementais insignificantes.

Que bom que é só Pokémon, né?

Fevereiro

Fevereiro foi o mês que eu tive a ideia de fazer um vídeo sobre “jogos difíceis”. No Natal eu tinha ganhado Sekiro num sorteio do Game Design Hub e em fevereiro lançou SIFU, um jogo extremamente estiloso que tem o combate chatinho (de difícil), mas é muito bonito, charmoso e cheiroso.

Ao contrário de Dark Souls, ou Sekiro, ou todos esses jogos com o combate chatola, eu não ligo de ficar preso no início de SIFU. Ele já é bom, ele já tem muita coisa pra ver, cutscenes lindas, atmosfera impecável. Eu já conheço a narrativa de vingança que o jogo se propôe e eu posso ou não chegar no fim dela, não acho que isso seja o ponto.

Desculpa.

Março

“É, você não vai conseguir fazer um vídeo sobre jogos difíceis. Que tal fazer um texto sobre jogos pequenos?” — Eu para mim mesmo, março de 2022

E foi assim que eu lancei o meu melhor texto até agora, aquele sobre os jogos de browser. Red Handed é um dos meus puzzle games favoritos e com certeza seria uma ótima escolha pro mês.

Acontece que no finalzinho, eu quis fazer um vídeo sobre jogos estranhos no Switch… E aí eu comprei About an Elf. Que jogo cativante! Ao contrário da maioria dos RPGs modernos, que tentam deixar o combate por turnos mais complexo ou trocam sistemas antigos por combate em tempo real, About an Elf simplifica ainda mais as mecânicas tradicionais. Todo ataque é um joguinho de dedução bem simples e só é necessário um acerto para vencer uma batalha.

Esse jogo é uma dessas estórias que é sobre estórias, sabe? A protagonista é uma elfa contadora de lorota que mente pra arranjar comida, parece eu! Tem um monte de poema também, no final dos capítulos, mas eu não sou inteligente o suficiente pra entender poemas. Um dia eu chego lá.

Jogo mais estranho do ano, mas não tem nada de difícil. Uma pena não ter versão em português…

A trilha sonora mistura sons de instrumentos clássicos com um reggaeton batidão constante, alá Rosália, que vai fazer você constantemente se perguntar:

“Esse jogo quer que eu jogue ou balance minha bunda agora?”

A resposta talvez seja os dois, ou nenhum. Talvez a resposta esteja nos poemas. Eu não saberia.

Elfomami 🧝‍♀️💅🏍

Abril

Em abril eu deixei o mal gosto falar mais alto e retornei, pela terceira vez, ao terrível mundo de Little Town Hero. É um joguinho da Gamefreak que eu amo e não consigo parar de sofrer jogando, assim como ele sofre pra rodar no Switch. O pior é que é bom! A estória é uma merda e tudo trava com mais de três personagens na tela, mas quando é apenas sobre as cartas e o tabuleiro, é bom demais e não tem nada igual.

O único gif que eu achei do jogo é tirando sarro das animações também! 😭 O jogo é bom, eu juro!!!

O campeão do mês foi o pequeno Dungeon Deathball. É um joguinho muito do estranho, que mistura Fire Emblem com queimada com elementos roguelike. Você controla uma dupla de pessoas que estão num tipo de programa de TV macabro, onde devem lutar seu caminho para fora de uma masmorra cheia de monstros. A parada é que você quase não faz dano neles, só arremessando a bola, então cada movimento pode ser tanto uma defesa quanto uma antecipação para um passe, por exemplo. Muito parecido com rúgbi.

Inegavelmente, transcendentalmente maneiro. Não dá!

Falando em rúgbi, o objetivo é sempre cruzar a quadra pra sair do nível, mas se sair segurando a bola, ganha bônus, tipo o touchdown no “futebol” “americano”. Então a progressão envolve vencer fazendo o máximo de pontos para melhorar seus personagens e mantê-los vivos até o final. Se os dois morrerem, você passa a controlar pessoas novas. O jogo não tem fim e nem precisa ter porque ficar admirando esses pixels é fuck as fuck.

Maio

Até então, o mês que eu mais joguei, em termos de títulos diferentes, mas essa planilha engana muito

Eu não lembro de ter jogado metade disso.

Joguei o ótimo Stanley Parable e Eiyuden, um RPGzinho curto bem simples e agradável. Também dei uma repassada por uns jogos de PSP, meu console favorito, com destaque pra Hexyz Force, outro RPGzinho curto delicioso. Eu acho que eu tenho um tipo.

Mas infelizmente, tenho muita vergonha em admitir que em maio, 90% do meu tempo com games foi gasto com NBA 2K22… 😦😩🤯😭

É sinistro como jogar FIFA e NBA 2K te oferecem uma versão mais e menos legal de esportes, ao mesmo tempo. Não tem o prazer da atividade física, mas na vida real você também não acerta uma cesta de três pontos…

Acertar uma dessas é bom demais! 🥵

As vezes eu quero muito jogar uma bolinha ou simplesmente sair da minha casa, ver o sol, me mexer, mas esses jogos oferecem algo similar pro meu cérebro, alimentando mais ainda meu sedentarismo e ansiedade social. Alguém deveria pesquisar isso pra eu fazer um vídeo sobre depois.

Junho

O mês mais difícil, porque tem dois concorrentes fortíssimos: Neon White e Fire Emblem Warriors Three Hopes.

Fire Emblem Warriors Three Hopes é um musou, um jogo onde o número de vítimas da sua espada chegam na casa dos milhares… por segundo. Todos os game loops que fizeram Three Houses uma experiência tão completa estão presentes aqui: o monastério cheio de atividades preparatórias, treinamento, mecânicas de manutenção e melhoria de armas, é quase igual, só muda o combate.

Esse jogo vira Fire Emblem de ponta cabeça e ainda assim é uma experiência gostosa por si só. É menos tático, mas não é um jogo completamente burro. É uma pizza gordurosa, não adiciona nada a sua vida… exceto felicidade imediata.

Neon White já é outra parada, é o mais provável GOTY que eu joguei até agora. É um jogo de tiro em primeira pessoa onde o tiro é secundário, o principal é se movimentar de maneira rápida pelos níveis com as cartas que você vai pegando no caminho. Cada carta pode ser uma arma ou uma manobra.

Eu tive que fazer GIF pra esse jogo, mas não tinha como deixar de ilustrar.

Ao mesmo tempo o tom do jogo, principalmente em momentos de exposição de trama, é extremamente brega, mas com consciência. Não é muito o meu estilo de humor, descreveria como “humor panguão de otaku”, mas é o suficiente para dar variedade ao loop de gameplay e dá pra pular.

Por isso, junho vai ficar com duas escolhas mesmo. E eu vou ficar por aqui. Até a próxima vez que eu tiver um surto de criatividade! 😚

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gabriel serra

o maior leigo do brasil! tenho um canal no youtube e aqui eu escrevo sobre games e sobre jogos.